Quarentena pode contribuir para aumento de casos de laringite crônica
O brasileiro tem consumido mais álcool e cigarro durante o período de isolamento imposto pela pandemia de Covid-19. Além dos problemas comumente associados aos vícios, fumar e beber em excesso podem gerar inflamação na laringe, resultando em um processo de laringite crônica nos pacientes.
De acordo com Nilson Maeda, otorrinolaringologista, médico do Voice Center no Hospital Paulista, o inverno já exigia atenção especial para as ocorrências na laringe, mas a extensa quarentena em algumas cidades brasileiras contribuiu involuntariamente para que outros hábitos danosos fossem ampliados.
“No inverno, as pessoas estão mais suscetíveis ao tempo seco, à poluição atmosférica e à ventilação deficitária em ambientes fechados, por conta do clima mais frio. Os últimos meses, no entanto, registraram aumento no consumo de álcool e tabaco, e a soma de todos esses fatores representa um risco ampliado à ocorrência de laringites crônicas”, explica.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), a venda de bebidas alcoólicas registrou aumento de 40% durante a quarentena. Já o consumo de cigarros teve alta de 19% durante o isolamento, segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz.
Dentre os tipos de laringites, a crônica é a que mais preocupa os médicos em pacientes adultos. Seus principais sintomas são rouquidão, perda da voz, dor de garanta, pigarro, febre e dificuldade para respirar ou engolir. Como costuma estar associada a um problema subjacente, é muito importante que a laringite seja diagnosticada corretamente, até mesmo para determinar a extensão dos danos.
“No caso das laringites, são dois os principais exames de vídeo que podem ser feitos para ter um diagnóstico mais preciso: a videofaringolaringoscopia e a videolaringoestroboscopia. A videofaringolaringoscopia é indicada para fazer uma avaliação geral da faringe e laringe. Já a videolaringoestroboscopia, por ter um recurso tecnológico mais avançado, permite visualizar as cordas vocais em câmera lenta para detectar lesões como câncer, fibrose, pequenos cistos e outras, que nem sempre são identificadas através da videolaringoscopia tradicional”, afirma o médico.
Ambos os exames são realizados no Voice Center, centro de excelência no Hospital Paulista em Endoscopia Otorrinolaringológica. Além de identificar distúrbios da voz, a unidade atua também como centro de diagnóstico das patologias relacionadas à deglutição e ao refluxo faringo-laríngeo.
“O objetivo é promover um diagnóstico eficaz, de modo que o tratamento seja o mais adequado a cada paciente. O isolamento trouxe uma carga de ansiedade alta, mas a falta de cuidado com os vícios em tabaco e álcool pode ser determinante para a ocorrência de graves problemas futuros”, completa Maeda.
Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.
Em localização privilegiada, a 300 metros da estação Hospital São Paulo (linha 5-Lilás) e a 800 metros da estação Santa Cruz (linha 1-Azul/linha 5-Lilás), possui 42 leitos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 10 salas cirúrgicas, realizando em média, mensalmente, 500 cirurgias, 7.500 consultas no ambulatório e pronto-socorro e, aproximadamente, 1.500 exames especializados.
Referência em seu segmento e com alta resolutividade, apresenta índice de infecção hospitalar próximo a zero. Dispõe de profissionais de alta capacidade e professores-doutores, sendo catalisador de médicos diferenciados e oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.