Luto #1: A morte e como encaramos o sentimento da perda

Presenciar a morte de alguém que amamos é um momento inevitável. Mas, você sabia que, diante da perda passamos por fases que podem nos ajudar a compreendê-la e aceitá-la? Continue sua leitura e descubra mais!

 

Ainda nos dias de hoje, mesmo sendo algo tão corriqueira, a morte pode ser encarada como um tabu. Falar sobre ela pode ser motivo de extrema melancolia. Muita gente prefere sair pela tangente quando o tema é abordado a discuti-lo de forma natural. Isso se deve à nossa formação cultural, ou seja, somos moldados a encarar a morte como algo negativo. Por outro lado, há povos que encaram essa perda como motivo de festa. A exemplo disso, temos o México. Por lá, a morte é celebrada com muita alegria e entusiasmo, com direito à festivais de música, comidas típicas e fantasias cheias de cores. Sabemos que, por aqui, algo assim jamais aconteceria; isso se deve, como já dito, à nossa formação cultural.

O fato é que, graças a isso, a partida de um ente querido pode nos fazer sentir, por vezes, como diz a expressão, “sem chão”. Quando essa pessoa é próxima a nós, a dor da perda chega de uma forma quase incontrolável. Este pode ser o início de um momento que a psicologia entende como processos do luto.

 

ESTÁGIOS DO LUTO

O processo de luto pode ser dividido em cinco estágios e, ao contrário do que se pensa, essas fases não ocorrem necessariamente em uma mesma ordem comum. Todos passamos por esses estágios para poder compreender e aceitar a realidade da morte. Portanto, nos permitir perpassar por cada uma das fases pode ajudar a lidar melhor com a perda, ou, o menos, enxergar essa realidade com um outro olhar. Conheça agora quais são elas.

 

  1. Negação

É muito comum, diante da morte de um ente, que tenhamos uma sensação de negação. Frases como “isso não parece verdade” e “não posso acreditar”, por exemplo, logo nos vêm à mente ou ouvimos de pessoas ao redor. É um mecanismo que a nossa mente encontra para fugir da dor que estamos começando a encarar.

 

  1. Raiva

A revolta pela circunstância vivida pode tomar conta de nós. Gritar, insultar e danificar objetos são ações que podem ocorrer. Também é comum revoltar-se com algo que, por nossas crenças, rege o universo: Deus.

 

  1. Barganha

Nesse momento, criamos a ilusão de que a morte pode ser algo reversível. Propomos ações que possam ser “negociadas” em troca da realidade, exemplificadas por frases como “eu juro que eu faço ISSO se…” ou “por favor, faça ISSO acontecer…”.

 

  1. Depressão

É, talvez, uma das fases mais comuns do processo de luto. Surgem as sensações de impotência, apatia e também o desejo de isolamento.

 

  1. Aceitação

É quando percebemos que nada mais pode ser feito diante das circunstâncias. Nesse momento, compreendemos que o mais benéfico a nós mesmos será superar a perda. A partir daí, a dor emocional do luto vai desaparecendo – ou sendo ressignificado.

 

É importante lembrar que, quando presenciamos esses sentimentos em outras pessoas, nunca devemos invalidá-los ou fazer de tudo para que eles não sejam sentidos. SOB HIPÓTESE ALGUMA, diga frases como “isso é frescura”, “não vai adiantar nada ficar assim” ou “você precisa ser forte”. Essa última, em especial, deve ser reavaliada e retirada do nosso repertório. Diante da perda, não precisamos ser fortes. Todos temos que encarar o momento de acordo como nossos sentimentos vão se encaminhando. Ser forte, ou seja, internalizar e não vivenciar a dor pode ter consequências muito piores.

Caso você esteja enfrentando muitas dificuldades em lidar com a dor do luto, não hesite em procurar ajuda de um profissional da psicologia. Reconhecer que precisamos de apoio não é fraqueza, é a legítima demonstração de força interior e amor próprio!

Obrigado por sua leitura e até semana que vem!

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